O horizonte de Muriel desaparecia aos poucos enquanto sua camisa vermelha forçava os olhos à escuridão. 

Se do lado direito os enfeites refletiam sua inicial, ao meio cortavam-lhe a cabeça em sorriso. Era imposição tão severa quanto o afago materno em branco de passagem. Uma necessidade, já que o vazio lhe retornava nada.

Pedaços da mesa dispostos como pistas de Suzano; espaços destilando desenhos em destinos futuros. Trechos, tosses e aquele amargo que resta na borda da taça que esqueceu a boca. 

Mesma que navegava o futuro da camiseta vermelha, buscando vida antes dos fogos.